domingo, 15 de junho de 2008

Na praia

De repente a noite ficara mais escura, o mar tinha perdido o brilho que a luz da lua lhe fornecia todas as noites.
Tarde demais …ela não ia voltar, as marcas já estavam vincadas e já não iam desaparecer.
As lágrimas recusavam em tranquilizar e mostravam vontade de aparecer.
Tarde demais para entender, para perceber o que aconteceu
E de repente ele sentiu um vazio como nunca sentira antes.
Ficou ali sentado na areia molhada, a recordar o sorriso dela, o seu olhar frágil e meigo.
O sorriso dela ia muito além e ele acabara de a deixar partir.
Só lhe restava o casaco, ainda com o cheiro do perfume dela, os lápis que ela gastava e uma folha de papel.
Folha de papel que continha o que ela desenhou sem saber:
A imagem dele a caminhar na praia em direcção ao farol.
Ele olhou para o farol e resolveu seguir aquela luz, talvez a luz da salvação, a luz que o podia conduzir à felicidade.
Quando finalmente chega ao farol, encontra uma porta entreaberta, um silêncio nada vulgar no meio da agitação do mar, ele resolve entrar e subir, não vê ninguém, só as escadas sombrias, durante a subida ele sente o medo do incógnito, o medo de não encontrar o que realmente pretendia, mas era mais forte do que ele.
Finalmente no último andar ele encontra um homem, um estranho homem que se mantém calmo, indiferente à chegada do novo visitante.
Ele olha para o estranho homem e não sabe o que dizer, até que ouve a voz do homem:
- Já estava à tua espera rapaz, tenho um recado para ti !!
- O que é ?? Pergunta ele desesperado e ao mesmo tempo entusiasmado.
- Um papel com um desenho, toma é para ti”
Ele recebe o desenho ansioso e nervoso, podia estar ali a chave de tudo.
Ao olhar para o desenho, vê um por do sol visto de uma praia, mas também podia ser um nascer do sol. Por baixo continha uma mensagem:
O farol foi criado para conduzir o homem entre o anoitecer até ao amanhecer….”
Ele decidiu ir à praia no amanhecer seguinte…

Ao amanhecer lá estava ele…
Ela chegou.
O mundo estremeceu, o tempo parou, tudo estava claro.
Ambos perderam o norte e choraram a sorte, era o reencontro, o brotar de um novo amor.
Ela sorriu, ele sorriu e ficaram ali bem juntinhos a olhar o mar...


m@_nn

Devido ao facto da Ana Gomes não gostar de finais felizes, desafiou-me a concluir o texto " Lápis na areia"

Lápis na areia

"Ela viu-o pela primeira vez na praia, num dia de inverno.
Ele passeava à beira mar, ela desenhava sentada na areia.
Ele reparou nela, mas ela parecia tão absorvida no que fazia que ele nem pensou em interromper.
Ela deixou-o passar e voltou a olhar.
E foi assim o primeiro encontro.
O segundo foi dias depois, á tarde, no mesmo local.
Ele passeava novamente, ela desenhava mais uma vez.
Desta vez ela deu por ele ao longe e esperou que se aproxima-se.
Ele também já a tinha visto e abrandou o passo quando passou por ela.
Ela olhou para cima quando ele passou. Ele devolveu o olhar.
O olhar dele era tão intenso que ela baixou os olhos rapidamente, não a fossem queimar.
Ele tomou o gesto por uma recusa e mais uma vez não parou.
No terceiro encontro ele estava mais nervoso.
Foi logo no dia seguinte e ele não queria admitir que tinha ido lá só para a ver.
Ela como todos os dias, desenhava, mas desta vez, nem sabia bem o quê, enquando esperava que ele passasse. Desta vez ele quase que parou.
Mas ela não teve coragem de aceitar o olhar.
Ainda não... e continuo a desenhar, com os mesmo lápis de carvão de sempre.
No mesmo bloco de sempre.
No quarto dia ela encheu-se de coragem e quando ele passou, ofereceu-lhe um sorriso.
Ele surpreendido olhou e a medo sorriu de volta.
Ela aguentou o olhar e ele encorajado fez a pergunta. “O que desenhas?”
Ela mostrou-lhe. Era um vulto masculino a caminhar à beira mar...
Ele contemplou em silêncio durante alguns minutos. “Sou eu?” – Perguntou “Sim” - respondeu ela.
Ele pegou-lhe na mão e mais uma vez ficaram em silêncio, a olhar para o mar e ouvir o ruído das ondas a rebentar na areia. Anoiteceu.
Ela tremeu com o frio.
Ele embrulhou-a no casaco que levava e abraçou-a. “Está na hora de ir” – Disse ele – “Amanhã voltamos.” Com um último olhar de despedida, separaram-se.
No dia seguinte ela esperou. Ele não apareceu.
Já de noite chega um vulto a correr pelo areal.
É ele. Ofegante pára no lugar onde ela costumava estar.
Mas no seu lugar apenas restam o casaco que ele lhe tinha emprestado, o desenho que lhe tinha mostrado e os lápis na areia..."

Este texto foi escrito por uma amiga minha (Ana Gomes)

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Cinco minutos na mente das mulheres

Tal como no filme “what womem want”com o Mel Gibson e Helen Hunt, eu também levei com um electrocardioraiomulheredoestáctico…não precisam de ir ver ao dicionário, porque existe, basta que acreditem em mim.

O sintoma do referido é simples, consigo “ouvir” tudo o que as cobras (mulheres) estão a pensar.
Fui para a rua ouvir os tais pensamentos que foram surpreendentes e passo a citar:

“Gajos, gajos, gajos onde andam?”
“Tenho de ir á cabeleireira, tenho um cabelo com micro-morfose-i-aguda e pode estragar a minha reputação perante as minhas amigas…e os gajos??”
“Tenho um risco na unha…ai, horrível!!”
“Será que nunca mais inventam um telemóvel que aguente 24 horas de conversação?!”
“Epá, aquele gajo deve ter uma grande tomatada!!” esta era para mim, claro!
“Onde será o wc??tenho de ir retocar a maquiagem!”
“Será que esta blusa laranja fica bem com as calças pretas?”
“Será que estou bonita?”
“Onde é a casa de banho?”
“Gajos, gajos, gajos”
“Será que aquele gajo tem dinheiro?”
“Vou fazer compras”
“Vou fazer compras”
“Vou fazer compras”
“Vou fazer compras”
“Vou fazer compras”
“Onde é que meti o raio do espelho??”
“Dass, aquele gajo é bom”
“Vou fazer compras”
“Vou fazer compras”
“Vou fazer compras”
“Será que o vibrador tem pilhas?”
“Vou fazer compras”
“Onde andam os gajos?”


Aprendi bastante com as mulheres durante aqueles 5 minutos, por isso e devido a tanta originalidade e cultura, resolvi ir para casa ver o national geografic….bicharada por bicharada.

Super bock

Eu não sei porque existe pessoal que bebe super bock e no dia seguinte têm dores no traseiro…
Preferem beber sagres e tal, dizem que não dói tanto.
Bem…ontem bebi umas quantas sagres e outras tantas super bocks e estou intacto.
Portanto a culpa não é das bebidas, talvez seja autocontrolo descontrolado-gay por parte dessas pessoas.
Adorei a sardinhada, aliás, ainda tenho uma espinha na garganta, mas acho que era do camarão.
Fui muito bem recebido e estive muito bem acompanhado.


Voltando ao caso “Super Bock”….isso não Metal